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Lugar de mulher é pilotando… um Boeing

De Mari com os Cessnas da Esquadrilha EJ


Maria Vitória De Mari, 27, de Curitiba, é uma das instrutoras da EJ recentemente contratadas para voar Boeing 737 na Gol Linhas Aéreas. Ela finalizou sua última entrevista de seu processo de admissão na companhia.

Na EJ, atuou como instrutora de voo por um ano e meio e somou 680 horas de voo no total. Ministrou aulas práticas de voo visual nos Cessnas 152 e de voos por instrumentos nos Cessna 172 G1000, com painéis Glass Cockpit. Também ministrou cerca de 100 horas de instrução em simuladores de voo.

Sua trajetória na aviação começou bem cedo. “Eu tenho um desenho de quando tinha 5 anos, era para fazer uma historinha, não sabia escrever, desenhei um avião na capa, um avião a jato, e escrevi avião a gato”. diverte-se Maria Vitória sobre suas primeiras memórias de seu gosto por aviões. Seu pai, Mario, engenheiro civil, era amigo do piloto de acrobacias Fernando Paes de Barros, o qual deu a Mari a primeira dica para que se tornasse aviadora, quando ainda criança: “Você vai ter que aprender inglês”, disse.

Como em diversas outras pessoas, Maria Vitória ficou em dúvida se poderia seguir ou não a profissão e foi fazer uma faculdade em outra área. Iniciou no curso de administração de empresas na Universidade Positivo, em Curitiba. “Quando deu seis meses, queria largar”, afirma. A reação da família não foi boa com a ideia da desistência e Vitória prosseguiu com o curso.

Um dia, visitando a mãe que morava perto do aeroporto de Congonhas, ao reparar no olho da filha vendo os aviões pousando e decolando, Denise, que trabalha no ramo de hotelaria, provocou: “Como você é idiota. Por que você não faz logo esse curso de avião?”

Enquanto estudava administração de empresas já trabalhava na área de logística da Bosch, ela seguiu a sugestão da mãe e começou uma segunda faculdade simultânea, de Ciências Aeronáuticas, na Universidade de Tuiuti. Ao mesmo tempo fazia o curso prático de piloto privado em uma escola no Paraná.

Finalizadas as faculdades, com apoio dos pais, pediu demissão de uma promissora carreira na Bosch e, em busca de melhores oportunidades na carreira, se dirigiu à EJ. Logo começou a trabalhar na coordenação de voos e a dar aulas de inglês enquanto concluía os cursos de piloto comercial e de instrutor de voo.

Depois de um tempo na fila de espera para se tornar instrutora, foi contratada. “Eu amei ser instrutora, eu acho que isso é uma experiência que todo mundo tinha que passar, porque você desenvolve muito o lado de lidar com pessoas e você aprende muito ensinando, então foi uma experiência muito válida. E acho que o mais legal é você saber que está fazendo a diferença no sonho de outra pessoa”, explica orgulhosa.

Você já sentiu preconceito por ser mulher no meio da aviação? “Diretamente não. A gente escuta comentários por terceiros, geralmente. No meu caso sempre foi assim. Mas eu sempre tive confiança em mim, no meu treinamento e acho que sempre conquistei respeito dos meus alunos”.

Após os treinamentos nos simuladores, ela terminará suas instruções em rota, já com passageiros, para assumir o cargo de copilota plena da empresa. “Espero que eu consiga construir uma carreira tão brilhante quanto eu sempre sonhei. Voar o Boeing para mim vai ser um desafio, então agora eu tenho que lembrar em manter a cabeça no lugar. É só o começo de uma nova etapa”, conclui.

Como será o primeiro voo com Denise, sua incentivadora? "Falta bastante ainda, tem que estudar e fazer pra merecer, mas vai ser bem especial”.

A EJ agradece Mari pelo tempo desempenhado no ensino e deseja sucesso, além de lindos voos em céus de brigadeiro.

Publicado em 30/04/2019


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Número 051

DOU 03/05/18